quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Fernando de Noronha

Feche os olhos e pense em uma ilha distante. Pensou? Então, pinte com tintas coloridas, um mar transparente e deslumbrante, em tons de azul e verde. Conseguiu? Agora povoe esse oceano com golfinhos, tartarugas, arraias, barracudas, tubarões pacíficos e peixinhos de todas as cores do arco-íris. Pois bem, você não está sonhando. Esse lugar existe. É o arquipélago de Fernando de Noronha, um aquário a céu aberto, cercado pela hospitalidade contagiante da população de ilhéus e distante a apenas uma hora de avião das cidades de Natal (360 Km) ou Recife (545 Km). 


Claudia Liechavicius

O sol brilha por lá o ano inteiro. Afinal, esse pedacinho do paraíso se situa a quatro graus abaixo da linha do Equador. A temperatura média é perfeita para quem quer curtir umas férias deliciosas, 28 graus durante o dia e à noite sopra uma brisa fresca. Dizem que chuvas são esporádicas e que há apenas duas estações: uma seca, que vai de setembro a março (sendo que os meses de dezembro e janeiro os preferidos dos surfistas) e outra chuvosa, de abril a agosto. Mas, o tempo é sempre imprevisível.

O arquipélago de Fernando de Noronha é formado por vinte e uma ilhas de terras vulcânicas. Apenas a maior é habitada, sendo relativamente pequena. Tem 17 quilômetros quadrados e conta com 3.500 pessoas que desfrutam do cotidiano da natureza nesse santuário ecológico. Mas, nem sempre foi assim. Na Segunda Guerra, Noronha serviu de base para aviões americanos e durante a ditadura militar abrigou uma colônia penal. Atualmente, a ilha é propriedade do governo de Pernambuco e o IBAMA é responsável pela sua fiscalização.


A BELEZA DAS PRAIAS

Dezesseis praias espetaculares contornam a ilha, que é dividida em dois lados, chamados de “mar de dentro” (voltado para o continente) e “mar de fora” (voltado para o continente africano). No mar de dentro ficam os locais mais procurados pelos turistas: Baia dos Golfinhos, Baia do Sancho, Baia dos Porcos, Cacimba do Padre, Praia do Bode, Praia do Americano, Boldró, Praia da Conceição, Praia do Meio, Cachorro e Porto.

A Baia do Sancho é uma pequena enseada que tem acesso bem difícil, mas todo o esforço é compensado com o que a natureza oferece. Para se desfrutar dessa beleza, é preciso descer duas escadas de ferro totalmente verticais encravadas na pedra, além de mais uns duzentos degraus irregulares, feitos na própria encosta. É indispensável andar sempre munido de snorkel, máscara e pé de pato, para não perder nada. As águas são calmas e transparentes, de um azul encantador. Outra opção é ir até lá de barco. Há embarcações de todos os tipos, andando para um lado e para outro, que saem do Porto.


Para chegar às areias da Baia do Sancho é preciso descer por uma escada muito íngrime ou optar por alugar um barco e descer diretamente nas suas águas cristalinas. 


A Baia dos Porcos tem um mar azul-turquesa cristalino que ocupa uma faixa de areia de apenas 100 metros e concentra piscinas naturais deliciosas na maré baixa. O acesso é feito através das pedras, pela Praia da Cacimba do Padre. Ao entrar no mar é preciso tomar cuidado para não pisar em uma arraia. Há muitas delas na beira d’água, lisas e pintadas, grandes e pequenas.
  

O acesso à Baia dos Porcos não é dos mais fáceis, mas vale cada degrau que se sobe e desce pelas pedras.


As praias da Conceição, Boldró, Americano, Cacimba do Padre e Cachorro são as preferidas dos surfistas podendo ter ondas de mais de três metros. Todas valem o passeio. Cada praia tem o seu charme especial. 


 Cacimba do Padre


O Porto é um local calmo e de fácil acesso para mergulho de superfície. Com o auxílio de um snorkel se pode ver o navio grego Eleani Stathatos naufragado em suas águas transparentes e milhares de peixinhos coloridos que fazem da embarcação sua morada.  


 Do porto, o Morro do Pico, pode ser avistado.


A Baia dos Golfinhos é um mirante de 60 metros de altura, estrategicamente posicionado para estudos sobre os hábitos desses mamíferos. Pode-se admirar a entrada dos golfinhos de manhã cedo na ilha. É lá que eles chegam em grandes grupos, ficam brincando e descansando a partir das 6 horas da manhã. Os biólogos oferecem binóculos aos visitantes, além de dar algumas explicações interessantíssimas sobre a vida dos Golfinhos Rotadores. É preciso disposição para acordar cedo e enfrentar uma caminhada de 20 minutos por uma pequena trilha. 


Para quem gosta de acordar cedo ver a entrada dos golfinhos na baia é boa pedida.

No lado do mar de fora estão a Praia do Atalaia, a Baía do Sueste, base do projeto Tamar, de preservação de Tartarugas Marinhas e a Praia do Leão. 
 
A Praia do Atalaia tem uma imensa piscina natural que só pode ser visitada na companhia de um guia credenciado. O trajeto é feito a pé, em uma caminhada que dura em torno de 25 minutos. No máximo 100 pessoas tem permissão de entrar na praia por dia e apenas pela manhã. Ao chegar lá, o visitante é instruído a não tocar em nada, não assustar os peixes e permanecer por no máximo 30 minutos com máscara e snorkel, nesse aquário a céu aberto que tem profundidade menor do que um metro. É inacreditável o que se pode observar. Peixes, muitos peixes, cardumes inteiros, que nem se incomodam com a presença constante dos visitantes em seu habitat natural.  
 
 
É PROIBIDO!!!!

MERGULHAR COM OS GOLFINHOS.
CATAR CONCHINHAS.
ACAMPAR NAS PRAIAS.
MEXER NOS CORAIS DEIXAR LIXO ESPALHADO PELO CHÃO.
PISAR NAS AREIAS À NOITE, ENTRE OS MESES DE DEZEMBRO E JULHO, POR CAUSA DA DESOVA DAS TARTARUGAS.
 

MERGULHAR É PRECISO
 
O mergulho, certamente, é a maior atração de Fernando de Noronha. As águas são tão transparentes que a visibilidade no fundo do mar pode ir além de 20 metros. Visitar o arquipélago e não mergulhar é um pecado. Pode-se contemplar um sistema natural com aproximadamente 230 espécies de peixes, quinze variedades de corais e cinco de tubarões.

Para a prática do mergulho livre, com máscara, snorkel e pés de pato, os locais mais indicados são a Baía dos Porcos, Baia do Sancho, Baía de Sueste e Praia de Atalaia. O mergulho autônomo, com cilindro de ar comprimido, é o mais praticado nas ilhotas do arquipélago, como a Ilha Rata, Morro de Fora e Ponta da Sapata. Mergulhar com cilindro é programa indispensável no roteiro de Fernando de Noronha, existindo diversas operadoras locais que fazem o aluguel de equipamentos e o “batismo de mergulho” – primeira experiência com cilindro em mergulho autônomo.  

 Mergulhar com cilindro é obrigatório em Noronha.



MAIS ALGUNS PASSEIOS

1. Ao chegar na ilha o ideal é fazer um “ilha tour” para tomar intimidade com o local. Com o auxílio de um mapa ou acompanhado por um guia é possível em um dia conhecer todas as praias e os vilarejos de Noronha. Assim, fica mais fácil escolher a programação para os dias seguintes.

2. Um passeio de barco pelo mar de dentro garante outro olhar para as belezas da ilha. Os barcos partem do Porto e vão até a Ponta da Sapata, onde o mar fez um buraco no paredão de pedra. O passeio pode ser em grupo ou em barco alugado só para a família. Ao longo do trajeto é comum ter a companhia de golfinhos saltando perto do barco. Uma parada na Baia do Sancho, para banho, dá um toque especial ao percurso.

3. O plana-sub ou aqua-sub (nome dado pelas operadoras locais) é um passeio de barco, realizado em locais de mar calmo para mergulho de superfície com snorkel e máscara, onde um grupo de três a cinco pessoas é puxado por uma corda amarrada ao barco e que tem na sua extremidade uma pequena prancha que servirá de apoio para as manobras de mergulho. É muito divertido e se pode ver o navio naufragado no Porto, tartarugas, arraias e cardumes enormes de peixes coloridos.  



Fonte: Viajar Pelo Mundo


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